Pai João de Enoque Executivo de Pai Seta Branca |
Peço permissão ao Pai Seta Branca e ao grandioso Arakém para trazer à tona lembranças de um grande amigo: Nestor Sabatovicz. Lembranças essas que eu sempre ouvi como vitória conquistada pela dedicação de trinta anos de luta em ensinar e instruir mestres e ninfas com suas aulas e com seu conhecido pulso firme.
Assim falava o mestre jaguar Nestor em um de nossos bate-papos:
- Pajé, ontem trabalhei nos tronos com pai João de Enoque. Foi um lindo trabalho, atendemos alguns pacientes e depois ele me perguntou se estava tudo bem. Então, aproveitei a oportunidade para falar que já estava preparado para partir para minha origem, porque este planeta Terra não tinha mais nada a me oferecer.... que eu tinha contribuído com minha pequena parcela na doutrina de Pai Seta Branca, com Amor.
Pai João de Enoque:
- Nestor, meu filho querido, sei da sua vontade em partir. Peço que espere só mais um pouco. Tudo está sendo preparado para sua volta. Garanto a você, meu filho, que será em breve e quando chegar sua hora você nem vai sentir e quando acordar estará viajando comigo na nossa nave, de volta às nossas origens. O que digo aqui é um compromisso meu com você. Salve Deus!
Os dias se passaram e na semana de sua partida, Nestor passou mal e foi levado ao hospital para avaliação, onde realizou exames, pemaneceu em repouso e recebeu alta na terça-feira.
Na quarta-feira, quando eu menos esperava, fui pego de surpresa com a presença do Nestor que logo foi falando:
- Pajé encontrei um lugar ótimo pra tomar um café, lembrei de você, vamos lá!
Pajé:
Pajé:
- Mas Nestor, você deveria estar em casa de repouso.
Nestor:
Nestor:
- Repouso que nada, os médicos constataram que tá tudo bem comigo. Fiz todos os exames, disseram que minha saúde está ótima, estou com uma saúde de ferro. E você me conhece, não consigo ficar parado, tenho que trabalhar, sou Jaguar.
Saímos caminhando em direção ao local do cafezinho, iámos conversando sobre a doutrina, ele falando eu aproveitava a oportunidade para aprender, sempre.
Nestor estava alegre e feliz, não sentia dores, entrou na conversa lembrando do compromisso que Pai João de Enoque fez com ele e tinha consciência de que estava próximo, muito próximo.
Estava feliz, pois tinha cumprido sua missão na doutrina com amor e razão.
Quinta-Feira Nestor voltou ao meu trabalho bem mais feliz e foi logo falando:
- Pajé, queria te pedir para tomar cuidado, gosto de você meu amigo, como um filho, pois seu coração é puro, você é verdadeiro e sincero, por isso peço que se cuide, porque a nossa doutrina vai mudar muito com a minha partida. Você nem imagina o quanto.
Pajé:
Pajé:
- Nestor para com isso ! Você ainda tem muito o que nos ensinar, a doutrina precisa de você.
Nestor mudou de assunto e me perguntou:
- Pajé hoje tem Alabá ?
Pajé:
Pajé:
- Sim, respondi, hoje é o último dia do Alabá.
Nestor:
Nestor:
- Fui convidado para comandar meu último trabalho, o Alabá, no último dia da Lua cheia. Que realização !
Falou com muita convicção e foi embora.
Na Sexta-Feira, estivemos juntos novamente, conversamos muito, chegando a hora de buscar suas filhas no colégio, fui levá-lo até o carro. Nestor abriu a porta do carro e falou:
- Se cuida garoto, porque chegou a minha hora, boa sorte!
Abraçou-me se despedindo, fui caminhando a passos lentos de volta ao meu local de trabalho.... olhei para trás ele então acenou com a mão direita com sinal de adeus.
Naquele momento, em meu coração tive plena certeza, ele estava de partida.
No Sábado a notícia do acontecimento fatídico..... ele partiu de volta à sua tão sonhada origem. Nestor deve ter acordado ao lado do nosso Pai João de Enoque, conforme prometido.
Salve Deus!
Agradeço a feliz oportunidade de relatar essas lembranças com emoção e carinho dos últimos dias do meu amigo e irmão Nestor Sabatovicz. Aquele que através do trabalho mediúnico conquistou o merecimento de partir para suas origens junto com seu mentor Pai João de Enoque, o qual ele representou como executivo com caráter, dignidade, fé, amor, razão, emanando e ensinando à todos os mestres e ninfas com a certeza e a convicção do que estava falando, estava na lei, a verdade.
Além de mim, amigos íntimos também sabiam dessas lembraças contadas por ele.
De seu irmão,
Pajé
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